domingo, 26 de abril de 2009

Israel lembra o Holocausto

Israel lembra o Holocausto indignado com declarações de Ahmadinejad

Da France Presse



Os israelenses pararam nesta terça-feira (21/04/2009) por dois minutos ao som das sirenes para recordar as seis milhões de vítimas do Holocausto nazista, indignados pela diatribe do presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad contra o Estado hebreu na segunda-feira em uma conferência da ONU sobre racismo.
Às 10H00 locais, os pedestres interromperam os passos e os motoristas desceram de seus veículos.
A principal cerimônia do Dia do Holocausto acontece no Memorial Yad Vashem de Jerusalém. No Parlamento e nas escolas serão lidos os nomes das vítimas.
A recordação é marcada neste ano pelo discurso de Ahmanidejad contra Israel na abertura, segunda-feira em Genebra, da Conferência sobre o Racismo, chamada de "Durban II", que não tem a participação do Estado Hebreu justamente pela presença iraniana.
Ahmadinejad, cujo país desenvolve um polêmico programa nuclear, já ameaçou "apagar Israel do mapa" e considera o Holocausto um "mito".


Na segunda-feira ele acusou os ocidentais de terem enviado "emigrantes da Europa, Estados Unidos e do mundo do Holocausto para estabelecer um gobierno racista na Palestina ocupada".
Também acusou Israel de ter "privado de terras uma nação inteira com o pretexto do sufrimento judaico".
A imprensa israelense denuncia unanimemente o ódio de Ahmadinejad e cita uma frase do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu: "Não permitiremos que os que negam o Holocausto cometam um segundo".
O presidente israelense, Shimon Peres, afirmou que a conferência "avalizou o racismo ao invés de combater o mesmo". Também denunciu "os que atacam o único país no mundo criado para servir de refúgio aos sobreviventes do Holocausto, o único país que impedirá outro (Holocausto)".
O vice-premier israelense, Silvan Shalom, comparou o atual regime iraniano com a Alemanha de Hitler, antes do início de uma cerimônia pelas víctimas do Holocausto no antigo campo de concentração de Auschwitz-Birkenau (Polônia).
"O que o Irã tenta fazer atualmente não é muito diferente do que Hitler fez com o povo judeu há 65 anos", afirmou.

Shalom declarou ainda à rádio pública que o programa nuclear do Irã constitui uma ameaça para Israel e para o mundo.
"Com seus mísseis de longo alcance, o Irã pode atacar Londres, Paris, Berlim, Roma e o sul da Rússia", advertiu.
Além de Israel, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Itália, Holanda, Austrália, Nova Zelândia e Polônia se negaram a participar na Conferência sobre o Racismo de Genebra por recear declarações contra Israel.
Durante o discurso de Ahmadinejad, os 23 embaixadores da União Europeia (UE) presentes abandonaram a sala em sinal de protesto.
A República Tcheca, que atualmente preside a UE, decidiu se retirar definitivamente da conferência.
Israel convocou para consultas seu embaixador na Suíça para protestar contra a recepção oferecida pelo presidente suíço Hans-Rudolf Merz a Ahmadinejad e criticou a reunião do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, com o iraniano.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo

Nenhum comentário:

Postar um comentário