domingo, 26 de abril de 2009

HIERONYMUS BOSCH (antecessor de Salvador Dali)

HIERONYMUS BOSCH
Jeroen van Aeken, cujo pseudônimo é Hieronymus Bosch, e também conhecido como Jeroen Bosch, ('s-Hertogenbosch, c. 1450 — Agosto de 1516), foi um pintor e gravador neerlandês dos séculos XV e XVI. Na Espanha é conhecido como El Bosco.

Muitos dos seus trabalhos retratam cenas de pecado e tentação, recorrendo à utilização de figuras simbólicas complexas, originais, imaginativas e caricaturais, muitas das quais eram obscuras mesmo no seu tempo.
Pintores alemães como Martin Schongauer, Matthias Grünewald e Albrecht Dürer influenciaram a obra de Bosch. Apesar de ter sido quase contemporâneo de Jan van Eyck, seu estilo era completamente diferente.
Especula-se que sua obra terá sido uma das fontes do movimento surrealista do século XX, que teve mestres como Max Ernst e Salvador Dalí.
Pieter Brueghel o Velho foi influenciado pela arte de Bosch e produziu vários quadros em um estilo semelhante.

BIOGRAFIA
Sabe-se muito pouco sobre a sua vida. A não existência de documentos comprovativos de o pintor ter trabalhado fora de Hertogenbosh levam a que se pense que Bosch tenha vivido sempre na sua cidade natal. Aí se terá iniciado nas lides da pintura na oficina do pai (ou de um tio), que também era pintor.

Foi especulado, ainda que sem provas concretas, que o pintor terá pertencido a uma (das muitas) seitas que na época se dedicavam às ciências ocultas. Aí teria adquirido inúmeros conhecimentos sobre os sonhos e a alquimia, tendo-se dedicado profundamente a esta última. Por essa razão, Bosch teria sido perseguido pela Inquisição. Sua obra também sofreu a influência dos rumores do Apocalipse, que surgiram perto do ano de 1500.
Existem registros de que em 1504 Filipe o Belo da Borgonha encomendou a Bosch um altar que deveria representar o Juízo final, o Céu e o Inferno. A obra, atualmente perdida (sem unanimidade julga-se que um fragmento da obra corresponde a um painel em Munique), valeu ao pintor o reconhecimento e várias encomendas posteriores. Os primeiros críticos de Bosch conhecidos foram os espanhóis Filipe de Guevara e Pedro de Singuenza. Por outro lado, a grande abundância de pinturas de Bosch em Espanha é explicada pelo fato de Filipe II de Espanha ter colecionado avidamente as obras do pintor.
Bosch é considerado o primeiro artista fantástico.

OBRA
Atualmente apenas se conserva cerca de 40 originais seus, dispersos na sua maioria por museus da Europa e Estados Unidos da América. De entre estes, a coleção do Museu do Prado de Madrid é considerada a melhor para estudar a sua obra, visto abrigar a maioria daquelas que são consideradas pelos críticos como as melhores obras do pintor.
As obras de Bosch demonstram que foi um observador minucioso bem como um refinado desenhista e colorista. O pintor utilizou estes dotes para criar uma série de composições fantásticas e diabólicas onde são apresentados, com um tom satírico e moralizante, os vícios, os pecados e os temores de ordem religiosa que afligiam o homem medieval. Exemplos destas obras são:


• O Carro de Feno - (Museu do Prado, Madrid)
• O Jardim das Delícias - (Museu do Prado, Madrid)
• O Juízo Final - (Akademie der Bildenden Künste, Viena)
• As Tentações de Santo Antão - (Museu de Arte de São Paulo, São Paulo)
• As Tentações de Santo Antão - (Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa)
• Os Sete Pecados Mortais - (Museu do Prado, Madrid)
• Navio dos Loucos ou A Nau dos Insensatos - (Museu do Louvre, Paris)
• Morte e o Avarento - (Galeria Nacional de Arte em Washington, DC.

A par destas obras, que imediatamente se associam ao pintor, há que referir que mais de metade das obras de Bosch abordam temas mais tradicionais como vidas de santos e cenas do nascimento, paixão e morte de Cristo.

O original “As Tentações de Santo Antão” - figura abaixo - está incorporado no Museu Nacional de Arte Antiga a partir do antigo Palácio Real das Necessidades. Desconhecem-se as circunstâncias da chegada da obra a Portugal, não sendo certo que tenha feito parte da coleção do humanista Damião de Góis, como algumas vezes é referido.

A IRMANDADE DE NOSSA SENHORA
Foram possivelmente as mesmas idéias que ocasionaram profunda mudança na orientação da Irmandade de Nossa Senhora. Fundada em 1318, a Irmandade durante quase um século dedicou-se basicamente a tarefas ligadas ao culto, sobretudo ao culto mariano; seus membros, homens e mulheres, leigos e religiosos, tratavam, entre outros encargos, de providenciar novas composições musicais para suas missas diárias e encomendar obras de arte para adornar sua própria capela na Catedral de São João, onde mantinham uma imagem da Virgem tida como miraculosa. Talvez sob influência da Vida Comum, a partir do século XV a Irmandade passou a dedicar-se também a obras de caridade, ampliando ainda mais sua importância na vida da cidade.
Bosch ingressou na Irmandade de Nossa Senhora em 1486 ou 1487, onde sua mulher era membro. Seu nome, porém, começou a constar dos registros da confraria alguns anos antes. Estes informam, por exemplo, que em 1480/81 Bosch comprou da Irmandade dois retábulos (construção de madeira, de mármore, ou de outro material, com lavores, que fica por trás e/ou acima do altar) que seu pai deixara inacabados; não há maiores explicações a respeito, mas é possível ter adquirido as obras com a intenção de concluí-las. Mais tarde, entre 1488 e 1492, Bosch pintou as portas de um retábulo de madeira sobre Nossa Senhora, cujo painel central fora esculpido em 1476/77 por Adriaen van Wesel, de Utrecht. Elaborou no ano de 1493/94, um vitral para a nova capela da Irmandade. Entre 1499 e 1503, os registros silenciam a seu respeito, supondo-se que, nesse período, Bosch tenha viajado para a Itália.


INDICAÇÃO DO PROFESSOR NELSON - DOCENTE DE HISTÓRIA ECONÔMICA, POLÍTICA E SOCIAL (1º PERÍODO DE CIÊNCIAS SOCIAIS – INSTITUTO FEDERAL TRIÂNGULO MINEIRO - CAMPUS UBERABA-MG).

Israel lembra o Holocausto

Israel lembra o Holocausto indignado com declarações de Ahmadinejad

Da France Presse



Os israelenses pararam nesta terça-feira (21/04/2009) por dois minutos ao som das sirenes para recordar as seis milhões de vítimas do Holocausto nazista, indignados pela diatribe do presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad contra o Estado hebreu na segunda-feira em uma conferência da ONU sobre racismo.
Às 10H00 locais, os pedestres interromperam os passos e os motoristas desceram de seus veículos.
A principal cerimônia do Dia do Holocausto acontece no Memorial Yad Vashem de Jerusalém. No Parlamento e nas escolas serão lidos os nomes das vítimas.
A recordação é marcada neste ano pelo discurso de Ahmanidejad contra Israel na abertura, segunda-feira em Genebra, da Conferência sobre o Racismo, chamada de "Durban II", que não tem a participação do Estado Hebreu justamente pela presença iraniana.
Ahmadinejad, cujo país desenvolve um polêmico programa nuclear, já ameaçou "apagar Israel do mapa" e considera o Holocausto um "mito".


Na segunda-feira ele acusou os ocidentais de terem enviado "emigrantes da Europa, Estados Unidos e do mundo do Holocausto para estabelecer um gobierno racista na Palestina ocupada".
Também acusou Israel de ter "privado de terras uma nação inteira com o pretexto do sufrimento judaico".
A imprensa israelense denuncia unanimemente o ódio de Ahmadinejad e cita uma frase do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu: "Não permitiremos que os que negam o Holocausto cometam um segundo".
O presidente israelense, Shimon Peres, afirmou que a conferência "avalizou o racismo ao invés de combater o mesmo". Também denunciu "os que atacam o único país no mundo criado para servir de refúgio aos sobreviventes do Holocausto, o único país que impedirá outro (Holocausto)".
O vice-premier israelense, Silvan Shalom, comparou o atual regime iraniano com a Alemanha de Hitler, antes do início de uma cerimônia pelas víctimas do Holocausto no antigo campo de concentração de Auschwitz-Birkenau (Polônia).
"O que o Irã tenta fazer atualmente não é muito diferente do que Hitler fez com o povo judeu há 65 anos", afirmou.

Shalom declarou ainda à rádio pública que o programa nuclear do Irã constitui uma ameaça para Israel e para o mundo.
"Com seus mísseis de longo alcance, o Irã pode atacar Londres, Paris, Berlim, Roma e o sul da Rússia", advertiu.
Além de Israel, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Itália, Holanda, Austrália, Nova Zelândia e Polônia se negaram a participar na Conferência sobre o Racismo de Genebra por recear declarações contra Israel.
Durante o discurso de Ahmadinejad, os 23 embaixadores da União Europeia (UE) presentes abandonaram a sala em sinal de protesto.
A República Tcheca, que atualmente preside a UE, decidiu se retirar definitivamente da conferência.
Israel convocou para consultas seu embaixador na Suíça para protestar contra a recepção oferecida pelo presidente suíço Hans-Rudolf Merz a Ahmadinejad e criticou a reunião do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, com o iraniano.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo