domingo, 1 de março de 2009

Morre o escritor e
cientista social Gilberto Dupa
s

Ele lutava contra um câncer de pâncreas havia um ano.
Autor de dezena de livros, foi secretário da Agricultura (1983-87) em SP.


Dupas em foto tirada em 3 de dezembro de 2008
(Foto: Paulo Giandalia/AE)

Morreu na madrugada desta terça-feira (17-02-09) o escritor e cientista social Gilberto Dupas, aos 66 anos. Ele vinha lutando contra um câncer de pâncreas havia um ano. Dupas havia lançado, em 2008, o romance "O Incidente", seu segundo livro de ficção.

Autor de uma dezena de livros, era coeditor da revista Política Externa, presidente do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais (IEEI), membro do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo e articulista do jornal O Estado de S. Paulo. Seu último artigo para jornal, "Democracia e serviços públicos", foi publicado em 17 de janeiro.
Economista, Dupas foi professor visitante da Universidade Paris II (França) e da Universidade Nacional de Córdoba (Argentina). Em 1995, concebeu o Grupo de Análise da Conjuntura Internacional (Gacint), a partir do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, do qual também integrou o Conselho Deliberativo. Hoje o Gacint está integrado ao IRI.

Foi membro do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Conaes), do Ministério da Educação e Cultura, do Conselho do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), do Conselho Diretor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e de seu Comitê de Planejamento Estratégico. No governo Montoro (1983-1987), ocupou os cargos de Secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento e de presidente da Caixa Econômica do Estado.

Minha Opinião (*) - Dupas, era sem dúvida alguma, uma figura diferente dessa algaravia de papagaios econômicos, incapazes de sequer improvisar alguma linha fora do manual. Sujeito espetacular, preocupado com os indivíduos, algo que os especialistas contemporâneos conhecem só como elemento estranho, um mal necessário, a seus modelos rígidos de mundo. Sem sectarismos, preconceitos e desonestidades intelectuais, é uma cabeça que vai fazer falta no debate público do Brasil.
(*) Júlio Henrique Campos, futuro cientista social.

Nenhum comentário:

Postar um comentário